Salve Laércio
O que posso dizer baseado no que conheço é que apesar de as linhas de Umbanda serem 7 por padrão, cada Orixá em si carrega seus entrecruzamentos com os outros Orixás, ou seja, Ogum por padrão no Candomblé é azul (Ogum é azul, o Candomblé foi a primeira religião brasileira a cultuar os Orixás aqui, logo, não podemos dissociar a ligação entre Candomblé-Africa e nem Candomblé-Umbanda, a Umbanda presta culto aos Orixás por associação as raízes afro, ela não inventou nada e serviu-se muito dos conhecimentos que o Candomblé possui) e apesar de sua cor "original" ser azul existem os entrecruzamentos com os outros Orixás, logo teremos sete chamadas qualidades de Ogum vibrando cruzadas com outros Orixás e por isso mudando sua cor (as cores possuem vibrações próprias).
Dessa forma, quando acendemos uma vela verde, ela pode ser oferecida a determinada qualidade de Ogum sem problema, desde que a pessoa conheça para fazer tal procedimento. Como são poucas pessoas que se interessam em conhecer além do padrão, é mais fácil acender uma vela vermelha ou azul para Ogum dependendo da vertente e oferecer.
As vibrações primárias dos Orixás são fixas, porém as cores de entrecruzamento são várias, assim, a casa que determinada pessoa frequenta (ou dirige) pode cultuar mais Ogum na sua vibração A do que na B,C,D,E,F,G e por isso a cor usada muda. Não vejo isso como erro de maneira alguma pois os Orixás sendo manifestações de Olorum em tudo o que existe, possuem muito mais do que os padrões que tentamos com nossa mente limitada impor neles, as vezes é preciso pensar um pouco "fora da caixinha".